Jovens e suas experiências com Deus

2 Reis 5.3

Um dia ela disse à sua senhora: "Se o meu senhor procurasse o profeta que está em Samaria, ele o curaria da lepra".

Para início de conversa...

Uma menina levada cativa (a Bíblia não revela seu nome) e vai servir na casa do Ministro da Defesa da Síria naquela época. Uma menina israelita que poderia estar vendo todo o seu povo se afastar de Deus, porém ela se mantém firme. Seu senhor é leproso. Isso o afetava demais. Afetava seu orgulho, sua autoestima, sua vaidade. Era um “quase” vencedor, pois não conseguia se livrar do mal. Em meio a todo o desespero pela cura, ela sinaliza algo: “Se o meu senhor procurasse o profeta...” O profeta em questão é Eliseu. Discípulo de Elias que realizou um ministério abençoado e abençoador e que pelo visto, era conhecido por todos, inclusive por uma menina.

Indo direto ao assunto

Esse é o ponto que quero tratar nesse texto. Eliseu era conhecido pela menina. Ela o reconhecia como homem de Deus, com certeza por ter tido experiências reais e profundas com ele. Numa sociedade onde os jovens são tão pouco valorizados pela sua imaturidade, por sua formação instável, ela aponta um caminho: Tem alguém que pode ajudar.

Pensando nessa situação, temos observado muitos adolescentes e jovens que não podem “apontar caminho” para ninguém. Pois não conhecem o Deus dos quais postam versículos bíblicos ou até tem um aplicativo com suas “palavras” no seu celular. E por que não podem?

Por um simples motivo: Os jovens não têm experimentado do Senhor em suas vidas. Mas Deus é o culpado? Jamais! Deus quer se revelar, se manifestar a todos, inclusive aos jovens que são fortes e venceram o maligno. O fato é que eles não querem. Alguém pode perguntar: Mas, de repente, será que não pode ser “pela dor”? É um caminho perigoso e em algumas situações até eficiente, mas nem sempre acontece assim.

Para finalizar...

Muitos jovens estão tendo suas vidas interrompidas porque não há alguém em condições de dizer: “Se você conhecesse o Deus que eu conheço você seria curado!” Não há quem pregue, não há como ouvirem, não há como chamarem pelo Senhor, porque muitos se omitem por de fato, jamais terem tido uma experiência com o Pai. Preferem ver de longe, ou fingir que não estão vendo.

O Senhor quer se relacionar contigo. Não perca essa oportunidade... Aponte o caminho! Deus te abençoe!

Graça e paz!

Meu chamado

Isaías 6.8

Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós? " E eu respondi: "Eis-me aqui. Envia-me! " (NVI)

Para início de conversa...

- Estamos diante de um momento importante do profeta. Ele tem uma experiência profunda com Deus.

a) Ele vê o Senhor [associando Cristo]. Se não haveria contradição com João 1.18.

b) Ele contempla a adoração dos anjos

c) Toda aquela atmosfera o leva a crer que morreria, pois em seu pensamento, tinha visto a glória de Deus.

1 – Há um chamado porque existe uma necessidade

Moisés foi chamado pelo Senhor para a libertação do povo. Tanto tempo escravo, o tempo da libertação chegou e ele foi escolhido pelo Senhor para essa missão. (Êxodo 3.1-10)

Isaías mesmo, no seu primeiro capítulo, profetiza, tem uma visão acerca da distância do povo em relação a Deus e como o Senhor se sentia com isso. Ele é chamado para ser “boca de Deus” (Isaías 6.9-10)

O nosso Senhor Jesus Cristo faz essa afirmativa:

a) Mt 9.36-38 – A compaixão de Jesus por aquele povo que Ele diz: “ovelhas sem pastor”. A seara é grande e poucos os trabalhadores. E que precisamos orar para que o Senhor envie esses trabalhadores.

b) João 4.35 – Jesus diz aos seus discípulos, – preocupados se ele havia comido – que a sua comida e a sua bebida era fazer a vontade do Pai e que os campos estavam maduros para a colheita. Havia uma colheita e faltavam trabalhadores – uma necessidade exposta por Jesus.

O Apóstolo Paulo também fala sobre isso. Romanos 10.-13-15 e ainda cita o profeta Isaías dizendo: Quem creu na nossa mensagem? Fazendo referência ao texto de Isaías 53.1.

2 – Atender ao chamado é demonstração de gratidão.

O profeta além de entender que podia morrer vendo a glória de Deus naquele momento, se declara incapaz de cumprir o chamado do Senhor. Era um homem comum.

Ao declarar isso, vem o anjo e o purifica. Os pecados foram perdoados. Agora você está limpo.

Em gratidão ao Senhor, ele aceita a convocação de ir ser o porta-voz de Deus naquele tempo.

Gratidão é muito mais do que dizer: “Muito obrigado”. É fazer algo em direção daquele que te abençoou.

Jacó, por exemplo, entregaria o dízimo ao Senhor caso voltasse de sua missão são e salvo. (Gn 28.20-22)

Jesus curou os 10 leprosos, mas só um voltou, interrompeu seu caminho para adorar e agradecer a Jesus pelo que fez por ele, sabendo todos que ter lepra era o pior dos males da época.

3 – Não coloque obstáculos para negar o seu chamado.

Moisés era gago, Jeremias se sentia incapaz como uma criança, Isaías não se sentia puro, Jonas tentou se esconder porque a missão era muito árdua.

Em todos os casos, sem contar nos discípulos de Cristo, as pessoas se sabotavam dizendo que não podiam viver o chamado de Deus porque eram incapazes. Desde quando Deus se importa com o que achamos? (Jr 29.11-13) Ele sabe, melhor do que nós, sobre as nossas limitações. Mesmo assim, ele quer nos usar. Temos uma colheita em nossa frente e estamos torcendo para não dar tempo de colher. O dia do Senhor está próximo e nós estamos nos colocando como obstáculos de sua obra.

Pare de se subestimar e coloque-se diante do Senhor. Deus está usando poderosamente aqueles que se colocam a sua disposição e você é um deles, no qual Deus está a sua espera para mudar o seu mundo, mudar a realidade de onde você mora, convive, trabalha.

Para finalizar...

- Renda-se ao Senhor, deixa Ele cuidar das suas imperfeições, das suas crises, das suas necessidades e abrace o seu chamado. Deus quer usar você poderosamente. Ele quer salvar pessoas, transformar vidas através da sua.

Mal ou bem?

Gênesis 43.33-34

Seus irmãos foram colocados à mesa perante ele por ordem de idade, do mais velho ao mais moço, e olhavam perplexos uns para os outros. Então lhes serviram da comida da mesa de José, e a porção de Benjamim era cinco vezes maior que a dos outros. E eles festejaram e beberam à vontade.

Pra início de conversa...

Esse trecho fala a respeito de José. Ele foi vendido por seus irmãos, caluniado e preso após ser acusado de adultério. Os anos se passam, ele interpreta o sonho do grande chefe do país, Faraó, e Deus lhe dá a oportunidade de ser referência naquele país como acabou acontecendo. Interpreta o sonho do grande chefe da nação e de presidiário se torna governador daquela terra, estando abaixo somente do monarca.

Os sonhos que interpretara de Faraó se torna real. Sete anos de fartura vem para toda a terra e agora começa o mesmo período só que de uma violenta fome. José com domínio completo de suas ações e do agora seu povo – já que até seu nome tinha sido mudado – demonstra a capacidade de sua liderança e do quanto Deus estava com ele quando todos os povos ao redor vêm ao Egito. O único lugar que tinha comida. Se era o único lugar, os seus irmãos iam aparecer e foi isso que aconteceu...

Indo direto ao assunto...

Não quero me prender aos detalhes desse encontro. Eles voltaram à sua terra, Simeão fica preso até que eles voltem com Benjamim – o irmão mais novo – e vem trazendo presentes a José para que ele os deixe em paz. Estavam com medo e achando que estavam passando por aquilo em virtude do mal que fizeram ao seu irmão, que estava bem diante deles.

Mas o que quero me ater é sobre o tratamento de José aos seus irmãos. Ele não pensa duas vezes em oferecer o melhor a eles. José tem a plena convicção que foi alvo de um plano de Deus para que a descendência de Jacó, que chegaria até Cristo, se perpetuasse sobre a terra.

Chama-me a atenção que o agora governador do Egito, estava como se diz: “Com a faca e o queijo na mão.” Ele poderia usar o seu poder político, sua autoridade e destruir, ou no mínimo maltratar os seus irmãos pelo que fizeram e assim se vingar por ter passado por momentos tão difíceis.

Porém a atitude dele é totalmente diferente. Há uma chama em seu coração para abençoar a toda sua família e começa nessa recepção sensacional, onde o texto diz que eles “festejaram e beberam à vontade”.

Todos nós passamos, fomos alvos de alguma injustiça, e no decorrer da vida nos encontramos novamente com aqueles que nos fizeram mal. Você tem duas alternativas: Se vinga, paga na mesma moeda e satisfaz o seu ódio ou como demonstração de muita sabedoria prefere abençoar quem te fez mal. É fácil? Claro que não. Porém em alguns momentos antes desse, o texto bíblico declara pelo menos três vezes: “E o Senhor estava com José”.

Para finalizar...

Quando estamos com Deus, andando segundo seus propósitos e desígnios, passamos a ser diferentes do que, talvez, a maioria das pessoas escolhe viver. Por mais que a vingança esteja a nossa mercê, o perdão é sempre a melhor decisão. Entre o mal e o bem, escolha sempre agradar a Deus.

“Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”. (Romanos 12.21)

Graça e paz!

Fidelidade

Daniel 6.10

Quando Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para casa, para o seu quarto, no andar de cima, onde as janelas davam para Jerusalém. Três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus, como costumava fazer.

Pra início de conversa...

Palavrinha complicada essa “fidelidade”. Terror das pessoas que querem relacionamentos saudáveis com seus cônjuges. Acredito que 90% das pessoas que tem algum relacionamento sério, colocam como fundamental em um relacionamento a questão da fidelidade.

Deus também. Ele requer de nós fidelidade. Fidelidade a sua Palavra, aos seus ensinos, à sua soberania. O ser humano tem dificuldade de ser fiel. Ser fiel significa “segurar as barras” quando as coisas não estão bem. Não olhar para trás e nem querer desviar o olhar porque não está como planejado inicialmente.

Analisando o texto

Estamos falando de Daniel. Um jovem recrutado com outros três amigos para serem úteis ao reino da Babilônia, chefiado por Nabucodonosor nesse período da história. A história desses amigos, deixamos para outra oportunidade. Falamos de Daniel. Jovem temente a Deus e fiel àquele que o tinha criado e dado tantas e tantas vitórias que o povo tinha conquistado através dos tempos e que entendia que aquele momento era necessário para o povo se arrepender de seus erros e para o Senhor manifestar a sua fidelidade.

Daniel se destacou entre todos (v.3). Era inteligente, exalava prosperidade e inteligência e isso causava muitos ciúmes em todos. Os outros auxiliares de Dario (Rei da época), apesar deste gostar de Daniel, conseguiu ser convencido a publicar um decreto onde nos próximos trinta dias, quem orasse a qualquer deus que não fosse o Rei, seria jogado na cova dos leões.

A postura de Daniel foi emblemática. Ele, ao saber do decreto, vai para casa, se ajoelha como fazia três vezes ao dia, e ora ao seu Deus. Os homens então vão até sua casa e se deparam com esse cenário. Daniel orando ao Senhor Deus de Israel. Foi preso, jogado aos leões, mas Deus em sua fidelidade o retirou de lá são e salvo e os que o acusaram foram jogados e mortos pelos leões. Uma demonstração da fidelidade de Deus ao homem.

Fidelidade é confiar na boa mão do Senhor nas circunstâncias.

Daniel podia ter mudado a estratégia, orado em outro momento, se escondido, mas não. Continuou a orar como costumava a fazer. Diante das circunstâncias, não podemos mudar nossa postura diante de Deus. Se somos fiéis a Ele, precisamos confiar que no momento oportuno, será fiel conosco.

Infelizmente muitos deixam de usufruir da fidelidade de Deus sob qualquer situação adversa que venha a passar. Esses não experimentarão dessa fidelidade.

Importante ressaltar que não se fala somente de dinheiro, mas de tempo, talento, enfim, vida. Se o Senhor Jesus entregou-se na cruz por nós, o mínimo que espera de seus discípulos é que façam o mesmo por Ele.

A fidelidade é determinante para a vida eterna. Quem não for fiel, não receberá a coroa da vida. Quem olhar para trás, se tornará estátua de sal. Precisamos confiar na boa mão do Pai.

Deus é fiel, mesmo que não mereçamos, ele permanece da mesma maneira.

Obrigado Senhor, pela sua fidelidade. Seja também fiel ao Pai.

Deus te abençoe!