segunda-feira, 29 de abril de 2019

Há algum jovem de fé na terra?


Lc 18.8b
“... Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?”

O autor aos Hebreus define fé dessa maneira: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” (Hb 11.1)
Importante analisar: “Certeza daquilo que esperamos”. Quando você olha para a juventude hoje, difícil detectar essa certeza, muito menos alguém que esteja pacientemente esperando. E ainda tem mais: muitos não sabem nem o que esperam.

Olhando para o segundo trecho do verso de Hebreus, vem mais um questionamento: Acreditamos antes de ver?

Já foi escrito em outro momento como a ansiedade tem invadido a mente dos jovens e adolescentes nesse tempo. Tudo deve ser na hora, aliás, antes da hora. As pessoas não tem mais paciência para esperar a condução, quanto mais aquilo que elas desejam e ainda não viram.

A fé no Antigo Testamento faz referência à fidelidade. Como jovens, somos fiéis a Deus? Priorizamos o Reino Dele?

No restante da palavra de Deus, vemos a fé como a junção de dois binômios: acreditar e confiar.

Não há fé sem crer e nem confiança em Deus. Eu creio no seu poder e confio no seu agir. Sem murmurar, sem reclamar, mesmo que ainda chore porque achava que era o momento, mas logo volta a sorrir por entender que o Senhor está no controle das ações.

Não é fácil. Mas a maturidade espiritual, que pode estar em qualquer um independentemente de idade, tem por característica a fé inabalável no Senhor. Encerro esse texto com uma canção da Nivea Soares:

“Confiando em nosso Deus e em seu eterno amor, não seremos abalados.”

Deus te abençoe.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Precisamos falar sobre as séries


“... Mas o seu coração está longe de mim...” (Isaías 29.13)

Pra começo de conversa...
Quando Jesus estava citando esse texto no livro de Mateus 15.7-8, Ele se referia ao seu próprio povo que o adorava somente “da boca para fora”, entretanto seus corações estavam longe. Não tenho a pretensão, como já escrevi em outros momentos, de ser o “dono da verdade”, porém um assunto tem me preocupado bastante que é essa repentina volúpia pelas séries. Programas que viraram febre em todas as classes sociais e faixas etárias. Veja:

- Segundo o Colunista Ricardo Feltrin do UOL, a Netflix termina 2018 com 8 milhões de assinantes (isso sem contar os que compartilham as senhas de acesso). Um faturamento de R$ 1,4 bilhões de reais, 50% a mais que o SBT, por exemplo. https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ooops/2018/12/26/no-brasil-netflix-fatura-r-14-bi-tem-50-funcionarios-e-nenhum-chefe.htm

- Segundo o site tecnoblog.net, com dados de 2018, essa plataforma oferece em torno de três mil filmes, 950 séries, resultando aí em mais de vinte e oito mil episódios. https://tecnoblog.net/260370/quantos-filmes-tem-na-netflix/

Indo direto ao assunto...
Esses dados não me espantam, a medida que um serviço cresce, aumenta os adeptos, enfim, os clientes se multiplicam. O grande problema é como lidamos com isso. Te explico:

a)Foi criada a “maratona”, onde alguém ou um grupo de pessoas se reúnem para ver todas as temporadas das séries. Imaginando que a série tem quinze episódios de 45 minutos cada (em tese), quanto tempo alguém fica a frente de uma televisão? Isso dá mais de onze horas. Se a temporada for maior e os episódios forem maiores, naturalmente esses números crescerão.

b) Esse movimento todo tem invadido o dia a dia das pessoas. Os que veem se encontram nas redes sociais com outros fãs do programa, os personagens são amados, como se fossem reais. Produtos são vendidos durante todo o ano, protestos quando os rumos não agradam, enfim...

Sem nenhuma hipocrisia, somente uma reflexão, a pergunta que fica é: Qual o benefício que temos ao mergulharmos nessas séries, ao conhecer todos os atores e seus respectivos personagens? Pensando nessa produção absurda de produtos, de assuntos, de “memes” que muitas vezes não dizem nada, o quanto crescemos com isso?

Para finalizar...
Repito: não sou fiscal da vida de ninguém, mas me incomoda como isso tem norteado a vida de muitos. Algumas famílias pouco se importam com os seus porque hoje é dia de estreia da série Tal, ou então, deixam de estar na igreja, na comunhão porque não podem perder o capítulo de hoje.

Pastor, você está dizendo que ver série é pecado? Não. Pecado é colocar a série no lugar de Jesus. É deixar a comunhão dos irmãos para ficar em casa vendo os episódios que você pode ver em outro horário. Pecado é você não dedicar tempo à Bíblia como deveria e em contrapartida, ter todo o tempo do mundo para acessar sua plataforma de filmes e séries, seja lá qual for. Pense nisso. Graça e Paz!

segunda-feira, 15 de abril de 2019

E quando o amor não vem...


Salmos 37.4
“Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração.”

Pra início de conversa...
Quem nunca sonhou com um amor? Quem nunca sonhou acordado, na esperança de que aquela pessoa que acaba de aparecer na sua vida pode ser aquela que Deus separou para que você vivesse o resto de sua vida com ela? Quem nunca sonhou com o casamento? Seja ele simples ou sofisticado... E quando você sonha sozinho? E o pior: você está vendo gente que em sua opinião, “não merece” e já está até casado ou casada.

Indo direto ao ponto...
Ter alguém ao seu lado para constituir a família é divino. Família é projeto de Deus para o ser humano. Aliás, o projeto dele compreende somente homem e mulher, deixando isso bem claro, porém, não estamos aqui para julgar ninguém, somente defender as Escrituras Sagradas.

Todos querem ter o seu lar, a sua casa alguém para construir uma vida e dividir os momentos, ora de tristeza, ora de alegria. Mas nesse tempo, vejo uma geração bastante apressada. Infelizmente não é mais tão comum meninos e meninas de 12 anos namorando, pasmem, com o consentimento dos pais. Isso é resultado de excesso de liberdade, falta de diálogo e omissão de muitos pais que preferem “estar perto e cientes” do que ter que descobrir que seu filho ou filha namoram escondido. Alguns até com vida sexual iniciada e patrocinada pelos responsáveis.

Por mais dolorido que seja, por mais angustiante que se torne a espera por alguém, é fundamental que antes de qualquer tentativa de ser feliz com alguém, você seja feliz solteiro. Você seja completo, íntegro. Não espere alguém para te completar, mas para complementar. Tem muita gente que daria tudo hoje para não ter feito as escolhas que fez no passado. A vida é uma só. A escolha precisa ser bem feita.

Pr. Claudio Duarte fala uma coisa bem interessante: “ Deus não escolhe ninguém para você, mas ele dá sinais importantes”. Antes de entregar seu coração, procure saber se a pessoa é bom filho ou filha, como ele trata os pais, sua educação, suas perspectivas de vida e principalmente, o quanto ele ou ela amam a Deus. Não caia em aventuras. Não desperdice seu tempo com pessoas vazias. Procure sempre aqueles que têm visão, sonho, objetivos.

Para finalizar...
Alguém disse uma frase bem interessante: “A carência nos faz ver porta onde tem parede”. Exatamente. Ore ao Senhor para que seus impulsos, desejos e carências sejam dominados, que o Espírito Santo te preencha de tal forma que você não dê lugar ao diabo que tem atacado ferozmente na área sentimental. E enquanto a bênção não chega, invista seu tempo e suas forças nos estudos e fundamentalmente no serviço a Deus. Ele irá te honrar! Graça e paz!

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Não seja Roboão


“... Rejeitando o conselho das autoridades de Israel,
seguiu o conselho dos jovens...” ( 2 Cr 10.13b-14a)

Pra início de conversa...
Quem é Roboão? Filho de Salomão, neto de Davi que herda o Reino de Israel, porém em vez de prosperar ainda mais, escolhe dividi-lo. Em suas mãos o povo de Deus se fragmenta em Reino do Norte e Reino do Sul (Judá e Benjamim).

Roboão recebeu os anciãos de Israel e ouviu o seu pedido para que aliviasse a carga do povo. Em troca, teria todos ao seu lado. Em contrapartida, ouviu de seus amigos contemporâneos que deveria explorar ainda mais seus irmãos hebreus, o que causou a separação do povo. Um jovem que ouviu a experiência e a impulsividade e escolheu a segunda opção.

Indo direto ao assunto
Roboão teve uma oportunidade preciosa de continuar o reino bem sucedido de seu pai e avô, tendo todo o seu povo trabalhando por ele. Se fosse seguir os conselhos dos mais velhos, mas não foi isso que fez.

Muitos jovens hoje tem sido “Roboão”. Por mais conselhos que se deem, por mais conversas e exemplos bons que se manifestem, entretanto eles dão ouvido àqueles que não têm nenhuma bagagem emocional e nem vivência. São calouros na faculdade da vida e se dizem aptos para dar conselhos, às vezes até exigindo determinada postura.

Um senhor de 60 anos tem muito mais a ensinar e ajudar do que um garoto de 20. Precisamos valorizar a experiência de alguém que já passou por situações e conseguiu superá-las.

Para finalizar
Deixo para esse final uma frase de um pastor que esteve pregando em nossa igreja a alguns anos e nunca mais esqueci essa palavra: “Você tem duas maneiras de aprender: a dolorosa que é quando você passa e acaba se dando mal na ação e a inteligente que é quando você aprende com os erros dos outros. Graça e Paz!

Pr Felipe Narcizo

terça-feira, 2 de abril de 2019

Erros e acertos


Gálatas 6.2
“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.”

Pra início de conversa...
De vez em quando parece que somente em um momento de sua vida você comete equívocos: quando se é jovem. É notório como sempre essa geração é vista com olhos pouco amorosos sobre seus erros.

Precisamos entender o jovem erra sim, óbvio. A única diferença é a intensidade. Mas se formos analisar com cuidado, perceberemos que vacilos acontecem em qualquer idade.

Indo direto ao assunto
É uma baita hipocrisia a opinião de quem acha que jovem é problemático demais porque só faz bobagem. Geralmente são as pessoas que mais aprontaram em sua juventude e poderiam usar sua experiência ajudando para que eles não façam o mesmo que eles, mas não, preferem julgamento tendencioso e sínico.

Exemplo: Alguém que bebeu demais durante sua tenra idade. Trinta anos depois, ele critica um rapaz de 20 anos que também tomou um porre como se ele nunca tivesse feito. Importante esclarecer que não há aqui nenhum movimento eclesiástico a favor do pecado porque alguém mais velho cometeu.

Aqui temos um alerta para que nossa sociedade mude a atitude. Em vez da crítica de algo que você já fez, previna para que não se realize, aconselhe para que o erro não se repita. E se fizer, como diz o hino: “olhe com simpatia”. Você talvez não tenha tido ninguém para te dizer isso, mas Deus quer te usar para que essa palavra de correção (sempre em amor) saia do teu coração.

Para finalizar
A geração de agora precisa de ajuda. Eles não dirão, orgulhos que são, mas precisam. Mas precisamos também olhar para nós. O que fizemos, onde erramos e quem nos ajudou? Ninguém? Então seja bênção e olhe para eles com carinho e respeito. Em vez do dedo apontado, use o abraço. Graça e paz!

Pr Felipe Narcizo