1 "O Reino dos céus, pois, será semelhante a dez virgens que
pegaram suas candeias e saíram para encontrar-se com o noivo. 2 Cinco delas
eram insensatas, e cinco eram prudentes. 3 As insensatas pegaram suas candeias,
mas não levaram óleo consigo. 4 As prudentes, porém, levaram óleo em vasilhas
juntamente com suas candeias. 5 O noivo demorou a chegar, e todas ficaram com
sono e adormeceram. 6 "À meia-noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo se
aproxima! Saiam para encontrá-lo! ’ 7 "Então todas as virgens acordaram e
prepararam suas candeias. 8 As insensatas disseram às prudentes: ‘Deem-nos um
pouco do seu óleo, pois as nossas candeias estão se apagando’. 9 "Elas
responderam: ‘Não, pois pode ser que não haja o suficiente para nós e para
vocês. Vão comprar óleo para vocês’. 10 "E saindo elas para comprar o
óleo, chegou o noivo. As virgens que estavam preparadas entraram com ele para o
banquete nupcial. E a porta foi fechada. 11 "Mais tarde vieram também as
outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abra a porta para nós! ’ 12 "Mas ele
respondeu: ‘A verdade é que não as conheço! ’ 13 Portanto, vigiem, porque vocês
não sabem o dia nem a hora”!"
Algumas considerações sobre esse texto.
1 – A parábola das dez virgens
só é escrita por Mateus. Não há registro desse episódio nos outros evangelhos.
2 – Jesus faz referência ao
casamento hebreu, que é diferente do casamento ocidental. No casamento hebreu,
a época de Jesus, a noiva esperava o noivo na casa dos seus pais. Quando o
noivo se aproximava, era anunciado e a moça saía à noite com a sua lamparina,
movida a azeite, para encontrar-se com seu prometido. Por isso os casamentos
hebreus sempre se realizavam nesse horário.
3 – Com a demora do noivo,
sempre era bom a prometida esperá-lo com a já citada lamparina e também com um
vaso de azeite para que sustentasse o fogo durante o tempo que fosse
necessário.
Jesus faz essa analogia perto
de sua morte, porém faz referência a sua segunda vinda. Como seria o seu
retorno para estabelecer o seu reino definitivo. Ele faz menção de 10 virgens,
que aguardam o noivo para as bodas. Porém ele faz uma ressalva: Cinco eram
prudentes e cinco néscias (loucas). Cinco preparadas e outras cinco
despreparadas. Essas “virgens” as quais o Mestre faz menção simboliza a
humanidade, o povo. Se quer uma forma mais restrita de interpretação, a igreja.
Onde todas estão esperando o noivo, entretanto, nem todas irão usufruir da
presença do noivo. Que lições nós podemos tirar desse texto? Alguns
ensinamentos importantes:
1
– Preciso estar preparado.
Jesus chama as virgens preparadas de
prudentes. Ser prudente é estar de prontidão. É estar atenta a toda e qualquer
circunstância. É ter “azeite” na reserva. É não perder o foco do momento mais
importante: a vinda do noivo. Enquanto o prometido não chega, bate o cansaço,
pode até vir o sono, mas nunca perder a fé para não ser pego desprevenido pela
volta do Senhor. Podemos até nos surpreender com o que acontece a nossa volta,
todavia, sempre ligado, focado no principal: A chegada do noivo!
2
– A volta de Jesus não pode ser medida pelo nosso tempo, mas pelo nosso “nível”
de santificação. (Hb 12.14)
14 Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem
santidade ninguém verá o Senhor.
Nesse tempo que vivemos,
percebemos muitos querendo retardar a volta do “noivo” por causa dos seus
projetos pessoais. Querem casar, ter filhos, netos, bisnetos, realização
financeira, profissional, sentimental, enfim, todos os seus desejos e sonhos
atendidos antes da volta de Cristo. O autor do livro de Hebreus ressalta que
sem santidade, ninguém verá o Senhor. Podemos então entender que na parábola,
as loucas não viram o noivo porque se preocuparam com outras coisas (ou não) e
não deram a devida atenção ao “pouco azeite” na sua lamparina. Olhando para a
igreja primitiva, descrita no livro de Atos dos Apóstolos, percebemos que era
um povo que aguardava Cristo para aquele tempo, para aquela época. Quando lemos
a primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses, no capítulo 5, vemos que a preocupação
do apóstolo era que o povo não dormisse, não se perdesse nos seus desejos e
concupiscências e se voltasse exclusivamente para a volta de Cristo. O fato é
que temos a sensação que a igreja brasileira poderia avançar ainda muito mais
do que avançou se olhássemos para a volta do Mestre. Se vivêssemos todos os
dias como se Cristo voltasse ainda hoje mesmo.
3 – Não podemos rejeitar o Espírito Santo.
As mulheres tolas não tinham
azeite suficiente em suas lamparinas. O azeite descrito por Jesus é o Espírito
Santo. Cristo deixa claro que tolos são os que não agem com espiritualidade.
Vivem na carne em todas as áreas da sua vida. É não viver em Deus. É achar que
somente levantar a mão num momento de apelo ou apenas “bater cartão” nos cultos
da igreja para passar a impressão de fé e de amor a Jesus. Não crescem no
Espírito. Não se estabelecem em igreja alguma. São sempre problemáticos e nunca
estão preparados. Sempre são pegos de surpresa.
Conclusão
Cristo está voltando. Já se
ouve a voz dizendo: “Eis o noivo!” Prepare-se. A hora está chegando... Vigie. O
noivo está às portas. Não seja pego de surpresa sem azeite em sua lamparina.
Graça e Paz!
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