quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Desprezando a bênção


Lucas 9.52
Jesus respondeu: "Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus".

Seguir a Jesus deve ser uma decisão definitiva. O texto é muito claro quando Cristo faz uma analogia entre o agricultor que assume o arado e não pode olhar para trás pois deixaria a colheita torta. Então para que ela fosse “reta”, era necessário ir em frente.

Muitos ao longo da caminhada têm desistido de caminhar com Jesus, e o resultado é de fato, uma vida toda torta, sem direção. Alguns, inclusive, se assemelham ao povo de Israel dando voltas e voltas e sem chegar a nenhum lugar. Já que alguns historiadores garantem que a viajem do Egito até a terra prometida variava entre 60 e 90 dias. Ela durou 40 anos.

A maior bênção na vida de alguém é ser “convocado” por Deus para alguma missão. Paulo relata isso no texto de Atos 20.24 “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus.” O apóstolo dos gentios está declarando que a vida dele só tem valor se cumprir o seu chamado. Fico imaginando a alegria dos discípulos aos serem chamados pelo Mestre para participarem do início da maior revolução que se tem a história: O Reino de Deus.

Outra história clara onde o homem despreza sua bênção é quando Jacó faz Esaú, seu irmão, jurar que jamais requereria a bênção da primogenitura. Em troca desse juramento, ganhou um prato de lentilhas do seu irmão. Não me lembro da bênção do Senhor ter custado tão barato...

O fato é que a aliança de Deus foi feita com Jacó. Mudou o seu nome, fez dele um dos patriarcas do povo, foi imensamente próspero, ao contrário de seu irmão, que pela onisciência do Eterno, já estava traçado que serviria ao irmão menor como foi revelado a sua mãe Rebeca durante sua gestação. Sua descendência virou inimiga do povo de Deus, enfim, desastres após desastres.

O Senhor tem abençoado a muitos com dons e talentos. Uma parte dessas pessoas entendem a benção de usar isso para a glória de Deus como diz as Escrituras (1 Coríntios 10.31), já outros aceitam a proposta de satanás. A mesma que fez a Jesus Mt 4.9 “E lhe disse: "Tudo isto lhe darei, se você se prostrar e me adorar". Muitos tem se encantado com as “glórias do mundo” e se vendido ao diabo. Desprezando a benção do Senhor que era exercer o seu chamado a fim de que vidas sejam alcançadas por Jesus ao invés de fama e dinheiro, que é o que na verdade buscam.

O chamado é uma bênção. Vivê-lo é transcendental. Estar debaixo da vontade de Deus tem como consequência uma vida de paz. É uma aliança com aquele que nos amou e entregou seu filho para nos salvar. Desprezar a bênção é rejeitar a promessa do Pai para os seus filhos. É negar, não a si mesmo, mas a Cristo, o Salvador. Como diz alguns escritores, “é pregar Jesus na cruz novamente”.

Escolha obedecer. Escolha a bênção! Deus te abençoe!

Graça e paz!

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Tomei posse


Texto – Atos 20.24
Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus.

Na vida, as coisas jamais foram fáceis. Há até escritores que orientam a dúvida e a desconfiança quando as coisas acontecem com facilidades. Mas no geral, todos os dias somos prensados pelas dificuldades. O ônibus sempre lotado, a violência que nos assusta, as peripécias dos governantes, e vamos sobrevivendo...

Quando se trata da igreja de Cristo, as coisas tendem a piorar, porque além dos problemas inerentes, temos uma forte oposição do reino das trevas que não se cansa em aprontar, desde situações mais sutis até as mais perigosas, a fim de que nos desviemos, percamos o foco que é Cristo.

Desde cedo sabia da minha vocação e chamada, mas jamais pensei que as coisas aconteceriam de maneira tão abrupta. Em pouco tempo saímos de uma posição de tristeza e desolação até uma evidência – até involuntária – e uma euforia bastante rica de boas expectativas.

Depois de um período muito difícil recebemos o convite da liderança da nossa igreja, a qual sou membro faz mais ou menos 30 anos, para sair de mero colaborador do Reino e assumir sua presidência. Uma responsabilidade que mesmo aos mais preparados,  causa receio, por mais estudado que venha a ser.

Assumir uma comunidade como seu pastor é um desafio gigantesco. Principalmente quando você já é conhecido de todo o seu povo há tempos. As pessoas te conhecem – isso é bom. Mas isso também é um problema. Mas nada que o Espírito Santo não possa cuidar.

Tomar posse é assumir o chamado precioso do Senhor, que tem escolhido homens e mulheres para estarem à frente do seu povo. Eu sei que você deve estar pensando: “Tem pastores que se acham donos da igreja...”. Você está com a razão. Mas talvez esses se esqueceram quem morreu na cruz pela igreja. Quem derramou o sangue naquele madeiro. Eles não se lembram daquele que deixou a sua glória, se esvaziando para que pudesse ter o seu nome exaltado acima de todos os nomes (Fp 2.5-11).

Agora temos alguns desafios. Temos um povo a motivar, temos alvos a alcançar. E principalmente temos vidas a resgatar das mãos do inferno, que nesse tempo se perderam no caminho.

Se eu tenho medo? Claro que tenho. E muito. Isso vai me parar? Jamais. Mas não considero minha vida preciosa se não puder cumprir aquilo ao qual o Senhor Jesus me confiou.

Precisamos de orações, de apoio nos momentos certos e verdade nos momentos errados. Precisamos confiar na bondade e misericórdia do Eterno para conseguirmos honrar o seu nome. Espero que consiga alegrar o Seu coração com a condução de sua igreja até quando Ele quiser. Deus te abençoe!

Graça e Paz!