Efésios 6.1-4
1 Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois
isso é justo.
2 "Honra teu pai e tua mãe", este é
o primeiro mandamento com promessa:
3 "para que tudo te corra bem e tenhas
longa vida sobre a terra".
4 Pais, não irritem seus filhos; antes
criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.
A sociedade está cada vez mais
individualista. Tudo concorre para que o ser humano seja único, porém
solitário. Especial, porém sozinho. Soma-se o fato de que desde o Éden, o ser
humano não tem nenhuma vergonha e não faz nenhuma cerimônia para colocar a
culpa no outro, se isolando cada vez mais.
Por falar nisso, é cada vez
comum, colocar a responsabilidade no outro. Sempre foi o outro, nunca fui eu,
ou a minha incompetência, ou a minha displicência. Na família acontece de igual
maneira. Sempre colocando a culpa sobre o outro, ou sobre fatores, ou sobre
situações, ou em cima de sentimentos e pensamentos. Nos fatores externos e nas
circunstâncias que não “temos como influenciar”.
No casamento, a esposa acusa o
marido, que por sua vez, aponta em direção contrária. Na relação com os filhos
é a mesma coisa. Os responsáveis direcionam sua reclamação para os filhos que
por sua vez, reclamam dos pais mas só vivem no seu mundo limitado a um aparelho
celular e um fone de ouvido e suas várias contas de redes sociais.
O apóstolo Paulo fala a igreja
de Éfeso da responsabilidade de todos nesse processo bem sucedido da família
naquela época e quanto mais nessa que vivemos, tamanho é o arsenal de Satanás
para tirar nossas famílias do eixo, da linha traçada pela Palavra de Deus.
Paulo alerta os efésios sobre
essa responsabilidade. No verso 1 ele chama a atenção a tremenda tarefa que os
filhos tem: obedecer. No original tem o sentido de “alguém que vem a porta ver
quem é depois de ser chamado” (strong). E que isso é justo – original: aceito
por Deus -. Deus se agrada daqueles filhos que obedecem a seus pais, em algumas
situações até contra a sua vontade, mas fazem para honrá-los. Fazem por
respeito à autoridade.
Parece meio clichê, mas
ninguém escolheu a família onde nasceu por isso precisamos aceitar a que Deus
nos deu, mesmo com todos os defeitos e dificuldades que venham a aparecer.
Importante nesse “processo”, os filhos honrar os seus pais com a obediência, o
respeito e a consideração. Segundo o texto, honrar os pais nos dá vida longa
nessa terra. Moody diz que podemos projetar a vida eterna se respeitamos e
guardamos as instruções dos nossos pais. Salomão, em toda a sua sabedoria, diz
que o castigo, a correção livra a alma do inferno (Pv 23.13-14). Engana-se quem
pensa que a questão da terra, ficará só por aqui. O que fazemos aqui nos
projeta para a eternidade.
No verso quatro, o apóstolo
dos gentios enquadra pais que talvez ainda não se acharam em seus papéis. A
sociedade patriarcal já se foi. A família hoje, cada vez mais tem voz e vez.
Todos. Arrisco dizer que independente da idade. Crianças pequenas têm muito
mais voz e vez em muitas famílias. Porém, no que tange a essa orientação, é
interessante observar como tem pais que fazem questão de ter a inimizade dos
filhos. Parece que quanto mais os irritam, mais satisfeitos ficam. É triste,
porque família é lugar de aconchego, lugar de vida, de paz. Os nossos lares são
verdadeiras (ou deveriam ser) casas de paz. O refúgio onde encontramos
tranquilidade, afeto, comunhão, nesse mundo cada vez mais individualista e sem
sentido coletivo.
Paulo não se esquece de
ninguém nessa sua mensagem. Porque todos têm a sua responsabilidade. Todos têm um
papel e uma tarefa importante dentro desse contexto de lar. Óbvio que há
pessoas que tem feito sua parte e talvez se sintam sozinhas nessa. Para elas, é
fundamental a insistência. Que se cumpra o que precisa ser feito, sem esperar a
tal da reciprocidade tão buscada por aí e que tem feito tão mal para tantos. A
verdade é que cada um tem algo a fazer. Cada um tem uma grande
responsabilidade. Precisamos ter atenção à Palavra de Deus. Ela nos alerta para
esses perigos iminentes. Deus abençoe sua família. Graça e paz!
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