Mas, muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram, chegando o número dos homens que creram a perto de cinco mil. (Atos 4.4)
O ser humano na sua essência é
muito competente. A inteligência da humanidade é algo assustador. A cada dia, a
cada hora, a cada segundo, nasce algo novo. Nesse momento, que escrevo esse
texto, está nascendo algo diferente na sociedade. Uma tecnologia nova, uma forma
nova de emagrecer, de economizar, enfim, somos muito competentes.
Na outra ponta da corda tem a
incompetência. Que pode ser tratada como preguiça de estudar uma melhor forma,
uma falta de vontade de quem não quer mergulhar no profundo do saber, ou na
melhora da sua própria vida e dos seus, ao redor. Há pessoas que preferem
diminuir o resultado do próximo, só pelo fato de não conseguir os objetivos
alcançados ou por conveniência, ou por conivência mesmo. O fato é que a minha incompetência
pode aparecer de várias maneiras e de diferentes jeitos.
Em se tratando de vida
eclesiástica, percebe-se ao longo do tempo, que muitas congregações preferiram
reclamar a fazer, criticar em vez de influenciar, se omitir em vez de ajudar,
colocando cada vez mais obstáculos, expondo assim, uma tremenda incompetência e
ainda uma arrogância desmedida porque parece que só o que fazemos é o certo ou
tem valor pra Deus, como se tivéssemos o pleno domínio daquilo que Deus aprova
ou não. É claro que não rejeitamos sua palavra e nem seus modos de agir, mas
limitar a sua aprovação aos nossos gostos pessoais é completamente arrogante e
presunçoso.
O Texto de Atos acima foi
retirado do momento em que Pedro está pregando o Evangelho e é coagido pelos
fariseus e saduceus para que não falasse mais “daquele” Cristo porque os
perturbava. Interessante que a Palavra de Deus impacta a todos “para o bem e
para o mal”. Para o bem porque transforma o pecador de seu pior estado para a
maravilhosa luz. Como alguns gostam de dizer, da lama até a mesa dos príncipes.
“Para o mal” porque aquele que não dá lugar à Palavra é incomodado por ela, mas
em vem de render-se, prefere o ataque, a afronta. Pedro permanece ministrando
as Escrituras e, contando só homens como costume da época, creram perto de
cinco mil almas.
Em cima dessa visão, podemos
concluir que ao ministrar a Palavra do Senhor, as pessoas vão se aproximando,
crendo e alcançando a salvação em Cristo Jesus. Uma igreja que prega a
Escritura com graça, verdade, piedade e amor, tende a crescer pelo poder que há
na Palavra ministrada. Não há a mínima possibilidade de uma igreja que esteja
baseada em Atos 2.42-47, permanecer vazia, sem vida, com um coração gelado,
completamente aliada ao pecado e sem nenhum cuidado com a sua comunidade a sua
volta.
Dentro dessa realidade, é
espantoso como olhamos para nossas congregações vazias, sem o fervor da
comunhão, completamente perdidos em costumes e gostos pessoais como se fôssemos
detentores da verdade do Evangelho, perfeitos, e na nossa vaidade, achamos que
isso é fruto da “verdadeira igreja de Cristo”. Pedro prega a palavra com
autoridade e as pessoas se convertem. Alguns pregam a Bíblia (pelo menos se
espera isso) e não acontece nada, as pessoas vão saindo e a resposta é porque a
Palavra afasta? E o pior: ao lado, numa igreja linda, com gente feliz,
mesmo cheia de problemas, mas com o seu coração ardendo em servir, em estar junta,
a resposta é: “Lá não se tem o Evangelho verdadeiro” ou “Deve ter alguma coisa
errada”. Ledo engano. A Bíblia não é de particular interpretação (2 Pedro 1.20),
Deus sabe que muitos interpretarão a Bíblia com um olhar diferente, talvez por
isso tenhamos tantas denominações, tantas formas de olhar a Palavra e tirar
dela o melhor. Mas Deus quer de nós fidelidade à Ela(palavra), àqueles que entrarão por
nossas igrejas carentes e doentes e que sejamos canal de cura. O que mais
importa pra Deus é o homem. Ele entregou Jesus, seu único Filho para salvar
toda essa humanidade. Como Deus ama ver uma igreja cheia, uma congregação
lotada de pessoas e ele só permite que se mantenha se formos fiéis a ele em
tudo, nas orações, entregas, vida, tempo, santidade, comunhão, enfim, tudo!
Quando olhamos nossos templos
vazios e criticamos os “cheios”- e que se mantém assim - , que não é somente um momento,
ou apenas um movimento, mas sim, uma igreja saudável que cresce debaixo da
orientação e aprovação do Espírito Santo, estamos dando nosso atestado de
incompetência, onde preferimos criticar o que não fazemos do que tentar fazer
algo diferente do que critico. É uma pena! O Reino de Deus poderia ser muito
mais palpável do que é, poderíamos ter alcançando muito mais do que já
conquistamos. Que Deus nos dê uma visão na qual possamos fazer mais e falar bem
menos...Graça e paz!
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