João 13.34 (NVI)
Um novo mandamento
lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos
outros.
Queridos, que ano! Estamos em
2018, ano de eleições gerais no Brasil. Exceto cargos municipais, iremos às
urnas para confirmar ou renovar o quadro de políticos no nosso país. E aqui
nessa nação, ano de pleito eleitoral não é nada fácil. Estou escrevendo esse
texto no dia 06 de setembro. Até agora Marielle, vereadora do Rio de Janeiro
foi morta, atiraram contra uma caravana pró-candidatura do ex-presidente Lula e
nesse dia, exatamente nesse dia, esfaquearam Jair Bolsonaro, candidato a
presidente da república, até então, líder das pesquisas Rumo ao Planalto. Para
quem vive a política mais de perto, sabe que esses casos não são tão raros.
Aliás, infelizmente, estão cada vez mais comuns.
O ser humano há tempos vem
sendo transformado em apenas um objeto. Mulheres que se vendem, homens que se
vendem, famílias que se vendem, empresas que se negociam, por um lucro maior –
quando este é contabilizado. Perdemos o
sentido da tolerância, do respeito ao contraditório, da honestidade, dos
valores e princípios...
Mas aí você pode estar
pensando: nós, crentes, não temos isso. Ledo engano. Talvez sejamos o que mais
precisamos aprender sobre amar. Não
toleramos as doutrinas alheias, as liturgias diferentes das nossas, o jeito diferente,
a fé diferente... Nosso ódio no julgamento tem feito muitos ter repulso da casa
de Deus, da comunhão “do santos”. Santos esses que perderam a noção de
santidade faz tempo.
Apesar de situações diferentes
em absoluto, todas tem a mesma causa: a falta de amor. Jesus nesse texto, após
lavar os pés dos seus discípulos, diz que traz um novo mandamento. Antes era o
revide, o troco. Agora é o amor. Antes era a violência pela violência agora é o
tratar e o perdoar.
Claro que muitos contestarão
isso, dizendo-se vítimas e que devem se defender. Sinceramente, pouco importa
esse conceito dentro daquilo que Jesus deixa. Apesar, que de verdade, somente
ele teria essa capacidade de amar absurda. Imagina você sendo cuspido,
caluniado, humilhado, agredido de todas as formas e ao final de tudo, mesmo
depois inclusive de duvidarem de sua capacidade, você escolhe pedir para que o
Pai os perdoe.
Estamos a muitas milhas de
distância daquilo que Deus quer e o que o seu Filho Jesus nos deixou de amor.
Exemplo, cuidado, carinho, misericórdia, servir sem esperar reciprocidade, amar
sem esperar nada, absolutamente nada em troca.
Estamos nos perdendo no curso
da vida. Somos materialistas, simplistas, mesquinhos, chulos, covardes e
omissos com aquilo que não acontece conosco e extremamente valentes quando
pisam no nosso calo num ônibus lotado de pessoas querendo voltar para casa do
mesmo jeito que nós também desejamos. E olhando essa realidade vemos que o amor
de Jesus fez com que entregasse sua vida por nós. Hoje não damos passagem nem
no trânsito, quanto mais a vida por alguém. Mães e pais abandonando filhos,
outros nem deixando nascer e ainda tem coragem de dizer que ama alguém... Como
somos hipócritas!
Defendemos nossas ideologias
acima de pessoas e até do próprio Deus. O que eu acredito como filosofia de
vida é maior até do que o próprio Criador que nos deu a capacidade de pensar,
refletir e principalmente, quando necessário, mudar o rumo de nossas atitudes.
Tratamos as coisas de maneira
mais especial do que as pessoas. Animais de estimação tendo festa de
aniversário de vinte, trinta e até cinquenta mil reais enquanto tem gente que
se cobre de papelão, doido para o frio ir embora. Gente que comemorou a morte
da vereadora por causa da sua militância política, que lastimou porque o tiro
não pegou no ex-presidente e chateado porque a facada não foi fatal.
Os adversários viraram
inimigos. Mata-se porque não torce pelo mesmo time ou até pelo político que admira
ser diferente do próximo. Mas a palavra de Jesus se mantém de pé. Amem uns aos
outros. Dê a sua vida por eles. Em nenhum momento se tratou de merecimento,
muito menos reciprocidade. Falou-se de amor...
Graça e paz!
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